13 de nov. de 2011

Paralelos e redondos corporais: a experência da bola suíça no corpo que busca edificar-se

Instabilidade.

Linhas curvas.

Eixo móvel.

Inconstância constante.


Estabilidade no equilíbrio, 
equilíbrio que reequilibra e busca o centro.

Eu busco o centro.





As periferias buscam as linhas,

Estáveis,

Opostas em sua direção,

Semelhantes na intenção: não permitir a queda involuntária.







As linhas saem em diagonal do centro de gravidade, buscam apoio no infinito, no entanto permitem que o corpo continue no movimento.





O movimento quer ir de encontro à gravidade. 
A bola evidencia  este encontro, levando o corpo em curvas. 
As linhas externas, imaginárias e atuantes, permitem com que este encontro se prolongue e permaneça, pelo tempo que elas, linhas retas estáveis, conseguirem conduzir as curvas, instáveis, pelo espaço.


A sensação da queda acalenta o corpo, com a ajuda das linhas, que não permitem que a queda, de fato, aconteça.

As linhas permitem que o corpo se desloque, se desequilibre constantemente, gerando um fluxo contínuo de movimento. Permitem que o corpo vivencie, conscientemente, seu estado desequilibrante, pois está seguro pela ação das linhas, como margens de um rio selvagem.


As linhas vão ao encontro do infinito para permitir que meu corpo fique em mim.
Presente. Pesado. 
((g)).

Um comentário:

  1. Adorei o post, grato! As linhas e desenhos facilitam o entendimento do texto. Na nossa movimentação, espero que a experiência com as bolas possa direcionar nossos gestos, nos tornando mais criativos a partir dessa experiência.

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