Plano Diretor da cidade de Goiânia- socorro!!!

Um dos objetivos do NEKA, ao propor o projeto "Interseções entre Arquitetura e Dança: corpos edificados e espaços dançantes", para além da criação de um espetáculo de dança com características de intervenção urbana, é de organizar workshops na cidade sobre a mesma temática. Tais eventos pretendem fomentar a reflexão, que se torna inquietação no NEKA, com relação ao espaço arquitetônico da cidade de Goiânia, no tocante à preservação, recuperação dos edifícios históricos na capital, construção e uso do espaço público. Assim, o NEKA tem percebido a evidente crise que se instala na área de planejamento urbano da cidade. Notícia fresquinha de O Popular desta manhã traz, em reportagem de Carla Borges intitulada "Plano Diretor: urbanistas preveem problemas de trânsito", a questão da venda de áreas públicas para que o município faça caixa. Na berlinda está uma grande área próxima ao Paço Municipal, dentre outras, que poderá ser negociada e verticalizada. A situação é grave, pois a proposta feita desarticula o princípio básico do Plano Diretor sobre a ocupação do solo e mobilidade urbana na cidade, que prevê que a verticalização e o adensamento populacional devem acontecer ao longo dos Eixos de Desenvolvimento Preferenciais, que são os eixos do transporte coletivo, como frisa Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, arquiteto e urbanista coordenador da equipe que elaborou o Plano Diretor de Goiânia, vigente há quatro anos. Ao mesmo tempo, em nota na coluna Giro, de Jarbas Rodrigues Jr, na contracapa do jornal já citado, é divulgada a decisão da Prefeitura de Goiânia de deixar para o ano que vem o projeto de expansão urbana. O adiamento foi requisitado pelo prefeito Paulo Garcia, por conta da polêmica dos novos adensamentos na capital. Será que a população poderia ser ouvida no tocante a tais questões? O que o município propõe respeita os espaços e corpos que habitam essa cidade?